A gente come três vezes por dia. Então são 1.095 oportunidades anuais de impactar o mundo de forma positiva ou negativa. Ou seja, podemos usar nosso dinheiro e nossos estômagos para fortalecer cadeias produtivas de alimentos que começam com a devastação do ambiente e a exploração do ser humano para terminar em obesidade e outras doenças. Ou podemos buscar maneiras de nos nutrir que também nutrem a harmonia com a natureza, a justiça social e a saúde para todas as formas de vida.
Cada garfada tem muita história para contar. De onde vem aquele alimento? Quem produziu? Como? Onde? Como foi a comercialização e o preparo? Comer é um ato político, como diz Michael Pollan. E também um ato de amor ou desamor, digo eu. Apostando na primeira opção, fiz de comprar, plantar e cozinhar comida natural, fresca e sem veneno uma prioridade. Sim, gasto bastante tempo, dinheiro e energia nisso. E acredito que não existe maneira mais poderosa e saborosa de mudar o mundo. Nas minhas redes sociais tenho registrado diversas refeições agroecológicas com diversos ingredientes do quintal.
Acredito que podemos fazer uma revolução gentil e saborosa a partir das nossas refeições.