Plantar. Cozinhar. Lavar. Costurar.

Na minha opinião, homens, mulheres, adolescentes e crianças saem perdendo quando evitam os trabalhinhos humildes. São coisas deliciosas de fazer e que têm efeitos terapêuticos poderosos. Quando limpo (sem produtos tóxicos) e organizo a casa, faço faxina nos pensamentos e sentimentos. O almoço que preparo com os vegetais fresquinhos e orgânicos aqui do quintal é bem melhor do que os produtos alimentícios industrializados. Melhor até do que a comida delivery da lanchonete bacaninha. Melhor até do que enfrentar um restaurante lotado. Todo o processo de cozinhar e preparar a mesa nutre a alma e tempera os vínculos entre as pessoas. 

Passo longas horas diárias online. Cuidar da horta e outros serviços braçais ajudam a manter minha saúde e acalmar a mente.

5 comentários em “Plantar. Cozinhar. Lavar. Costurar.”

  1. Oi Claudia, que texto bacana!
    Tb estou descobrindo o prazer do trabalho manual. É todo um universo novo que se descortina ante meus olhos atônitos! 🙂 Para mim, esse processo começou com o advento do crudivorismo, que eliminou da minha existência todo um segmento do mundo industrializado. É uma delícia espremer o seu leite de amêndoas no filtro de voal feito pelas suas próprias mãozinhas.
    Concordo com vc que tempo não é questão principal — tempo é uma questão de prioridades, em um certo nível. Mas, em outro, pode ser sim uma limitante: ganhei dos meus irmãos uma máquina de costura no meu aniversário do ano passado. Já fiz aniversário de novo e ainda não consegui aprender como ela funciona (sou totalmente analfabeta de linhas e agulhas). Mas a perseverança há de vencer! E já intimei a minha mãe a me ensinar um pouco das várias artes manuais que ela domina, começando pelo tricô.
    bj gde, e obrigada pelo blog.

    1. Luciana,
      Minha avó era costureira e o pouco que sei aprendi apenas olhando o que ela fazia. Sou desajeitada e não tenho nem ideia de como funciona uma máquina de costura, embora esteja começando a sonhar em adquirir uma. Vou fazendo minhas experiências numa barra aqui, um ajuste ali. Quem sabe um dia a gente se encontra para jogar conversa fora enquanto trabalha com as mãos? Os papos nessa hora atingem dimensões inacreditáveis.
      Seus comentários são sempre superbem-vindos ao blog!
      Claudia

  2. Claudia:
    Nossas reflexões andam no mesmo caminho…
    Fazer coisas com as próprias mãos para nosso consumo pessoal e fazer as coisas por intero, participando dos processos domésticos que viviam as avós.
    Nas última duas semanas fiz pão em casa. É mágico ver a massa que amassei assada e que enquanto amassava sentia que driblava essa ansiedade louca que temos em relação ao tempo e a perda dele. Mesmo consciente de que devemos priorizar nossas escolhas, o reloginho contemporâneo do consumo em todas as dimensões fica batendo na cabeça: os livros que ainda não li, os filmes, as viagens, as coisas para a casa, as exposições, enfim, aquele sintoma da atualidade de que estamos sempre atrasados…
    Além do pão desengavetei meu crochê. Embora fazendo menos do que gostaria, o efeito é o mesmo, driblar a ansiedade do tempo. E assim busco fazer coisas que estão por aqui, como o composto orgânico que finalmente desenterrei, penerei e usei, foi o maior prazer!!!
    Teca

  3. Boa Noite:), o meu nome é Joana estudo Engenharia Mecânica e gostei imenso do teu blogue! Muito linda sim senhora!
    Adequa-se muito bem com tudo aquilo que aqui li.Existe sempre há imenso que regidir nos blogues!Nada nada mais satisfatório do que deixar a nossa marca espalhada pelo mundo!
    Beijinhos 🙂

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